Em tempos de secessão política e social, a ciência novamente surge como mola propulsora da união. Ao contrário de sua prática, a Ciência Política sempre esteve bem próxima e a caminhar lado a lado com as mais fiéis e verdadeiras premissas que o pensamento humano já produziu. Suas companheiras são a Verdade, a Probidade e o Bem Comum.
 
A Ciência Política nasceu da Filosofia Política mais remota, aquela da Antiguidade Grega personificada na figura exemplar de Aristóteles e seus congêneres. Não esqueçamos daqueles que se debruçaram sobre as formas de reger a sociedade dos homens e, ainda na Idade Média, expandiram o pensamento clássico e acrescentaram aos temas em torno do bom governo a genética da Moralidade e da Alteridade Cristãs, como os célebres italianos Marsílio de Pádua e Dante Aliguieri.
 
Nicolau Maquiavel, ao contrário do que o senso comum e uma História Materialista instituíram, foi cria de um tempo no qual a felicidade do homem, o bem-estar, a justiça e a igualdade foram temas discutidos e analisados à exaustão. Eis o tempo no qual a Ciência Jurídica começou a tomar forma.
 
Mais do que ideias em prol do homem e da boa governança, as ciências que estudam as teorias e práticas do Poder e das Leis vão além e se tornam, nos dias atuais, as mantenedoras do Meio Ambiente, tanto o natural como o cultural. Desde o gerenciamento da preservação e do bom aproveitamento dos mananciais de água à proteção de nossa fauna, flora e cultura em distintas formas e localidades.
 
A História da Ciência Política, em sua milenar busca pelo sumo bem, é o tema deste livro. Pretende ser, senão um poderoso farol, pelo menos, um facho de luz a iluminar estes tempos imersos na escuridão da corrupção e do facciosismo. Este livro reapresenta ao público as maiores e mais belas ideias que o corpo político, a sociedade e seus pensadores, já formularam no intuito de promover o bem comum e a probidade administrativa dos bens públicos. Naquela quimera que não cessa de exortar a união entre o que jamais conseguiu ser unido: a moral e a política.
 
Bárbara Dantas