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As "drôleries", figuras marginais em manuscritos medievais

Atualizado: 5 de out. de 2022

Bárbara Dantas


* Se precisar citar, tê-lo como referência, seguir:

DANTAS, Bárbara. "Drôleries: figuras marginais em manuscritos da Baixa Idade Média." In: BENTIVOGLIO, Julio; SANTOS, Fabio Muruci dos; GIL, Antonio Carlos Amador (org.). Anais do 8. Encontro da ANPUH-ES, História Política em debate: linguagens, conceitos, ideologias. Vitória: GM Gráfica e Editora, 2010. Disponível em: https://www.barbaradantas.com/post/as-dr%C3%B4leries-figuras-marginais-em-manuscritos-da-baixa-idade-m%C3%A9dia e http://www.pr.anpuh.org/resources/download/1506692023_ARQUIVO_BarbaraDantasBatistaCovre.pdf


Resumo: Por muito tempo a historiografia deixou de lado as imagens marginais dos manuscritos. Havia um sentido negativo ou sem importância ligada às drôleries. O que elas significaram? Existiu alguma relação entre o conteúdo do manuscrito e suas imagens marginais? Devido ao seu valor como fontes históricas e artísticas, alguns estudiosos como Jean-Claude Schmitt (1946-) buscam respostas para o longo silêncio das pesquisas a respeito das drôleries. Há uma ligação perceptível entre as iluminuras centrais e as marginais, ou seja, os dois discursos (escrito e pictórico) formam uma mesma realidade. Michel Foucault (1926-1984) apontou a trajetória histórica dos tipos chamados marginais, seus papéis e como foram colocados (ou tentaram colocá-los) à margem da sociedade. No entanto, os marginalizados estão inseridos na sociedade, apesar de encobertos pelos discursos hegemônicos, na Europa Ocidental Medieval, o discurso da igreja cristã.

Palavras-chave: Drôlerie, Idade Média, Iluminura, Arte Medieval.


Resumen: Durante mucho tiempo, la historiografía dejó de lado las imágenes marginales de los manuscritos. Había un sentido negativo o sin importancia asociado a las drôleries. ¿Qué quisieron decir? ¿Había alguna relación entre el contenido del manuscrito y sus imágenes marginales? Por su valor como fuentes históricas y artísticas, algunos estudiosos como Jean-Claude Schmitt (1946-) buscan respuestas al largo silencio de la investigación sobre las drôleries. Hay una conexión perceptible entre las iluminaciones central y marginal, es decir, los dos discursos (escrito y pictórico) forman una misma realidad. Michel Foucault (1926-1984) señaló la trayectoria histórica de los llamados tipos marginales, sus roles y cómo fueron colocados (o intentaron colocarlos) en los márgenes de la sociedad. Sin embargo, los marginados se insertan en la sociedad, a pesar de estar encubiertos por discursos hegemónicos, en la Europa occidental medieval, el discurso de la iglesia cristiana.


Palabras clave: Drôlerie, Edad Media, Iluminación, Arte Medieval.


Abstract: For a long time, historiography put aside the marginal images of manuscripts. There was a negative or unimportant sense attached to the drôleries. What did they mean? Was there any relationship between the manuscript's content and its marginal images? Due to their value as historical and artistic sources, some scholars such as Jean-Claude Schmitt (1946-) seek answers to the long silence of research on drôleries. There is a perceptible connection between the central and marginal illuminations, that is, the two discourses (written and pictorial) form the same reality. Michel Foucault (1926-1984) pointed out the historical trajectory of the so-called marginal types, their roles and how they were placed (or tried to place them) on the margins of society. However, the marginalized are inserted in society, despite being covered up by hegemonic discourses, in Medieval Western Europe, the discourse of the Christian church.


Keywords: Drôlerie, Middle Ages, Illumination, Medieval Art.


1. Iluminuras


Figura 1: Livro de Horas


Manuscritos medievais são fontes históricas escritas e ilustradas à mão. Podiam ser qualquer coisa, desde uma carta a um decreto papal. Foram, desde sempre, entendidos como documentos especiais e preciosidades que mereciam ser preservados para, dessa forma, tornarem-se as riquezas patrimoniais de grandes bibliotecas na Europa e nos Estados Unidos. O trabalho de realização destes manuscritos foi realizado por monges copistas e, a partir do séc. XIII, também existiram scriptoriuns laicos no Ocidente medieval.

Vários autores podiam trabalhar no mesmo manuscrito. Alguns artífices eram encarregados de fazer as cópias com letras ornamentais e outros, de iluminá-los, ou seja, ilustrá-los. Poderiam ser adornados com figuras marginais ou centrais da natureza, com figuras zoomórficas (bestiários), antropomórficas, imaginárias ou fantásticas. O tipo de iluminura a ser tratado nesta comunicação tem um significado satírico e chama-se drôlerie.

Inicialmente, há que se perceber que esse tipo de utilização das imagens nas margens não é algo que perpassa todos os séculos medievais, nem todas as regiões. As margens dos manuscritos começaram, lentamente, a ser utilizadas para abrigar imagens somente a partir do século XII e início do século XIII.[1]

Qualquer tipo de manuscrito poderia conter iluminuras: em documentos oficiais laicos e eclesiásticos, nas capas de livros litúrgicos ou em romances de cavalaria. Começaram a ser utilizados no final do séc. XII no norte da Europa - regiões mais longínquas, com menor influência e controle da igreja católica – e se disseminaram para as áreas centrais: Inglaterra e França.


2. “Pessoas que riam de coisas risíveis” (Umberto Eco)


Figura 2: Romance de Umberto Eco ambientado na Idade Média.


O famoso romance policial de Umberto Eco “O nome da rosa”, ambientado na Itália do século XIV, tornou-se uma das obras de ficção mais conhecidas sobre a Idade Média chegando a virar um excelente filme na década de 1980. Tanto no filme como no livro, há sugestivas passagens que sugerem como teria sido a vida em um monastério da Baixa Idade Média, bem como a rotina dos monges copistas.

Mas no livro, como sempre, o autor prima pelos detalhes e remete o leitor às minúcias da prática da escrita de manuscritos, da miniaturas[2], das iluminuras[3] e as consecutivas reações causadas por suas representações nas margens. Os iluminadores medievais, tanto os monges como os laicos, também primaram pelos detalhes em seus trabalhos - e pensar que somente no século XV os óculos ou lentes de aumento se difundem na Europa Ocidental...

Eco mostra em seu romance como seria um scriptorium: lugar do mosteiro no qual os monges trabalhavam seus textos. As representações de figuras antropomorfas, de pessoas em “atitudes baixas” (fazendo sexo, urinando ou sodomizadas) e de “um mundo invertido e oposto ao estabelecido por Deus”.[4]

O que os monges medievais inseriam nas margens destes manuscritos causam, no livro, reações adversas: admiração, escárnio e espanto: Eu seguia aquelas páginas dividido entre a admiração muda e o riso, porque as figuras conduziam necessariamente à hilaridade, embora comentassem páginas santas”.[5]


Figura 3: Vitral com São Bernardo (1090-1153). Alemanha, 1450. Museu Nacional da Idade Média, Os Banhos e Hotel de Cluny. Paris, França.


No romance, os monges mais velhos e “tradicionais” indignavam-se com estas iluminuras nas margens dos manuscritos. O protesto do bibliotecário do mosteiro na obra de Eco é similar às indignações de São Bernardo de Clairvaux (1090-1153), fundador da Ordem Beneditina, acerca deste tipo de figuração parafraseado por Michel Camile:


Eu poderia começar, como São Bernardo, perguntando o que significam todos eles: os macacos lascivos, dragões autofágicos com cabeças na barriga, tocando harpa-burros, o padre puxa saco e jograis produzidos nas bordas dos edifícios medievais, esculturas e em manuscritos com iluminuras.[6]


3. Historiador x iconografia


Figura 4: Breviário de Augusto. Séc. XV, Itália. MS. Canon. Liturg. 388. fol. 187v. Bodleian Library - Oxford, Inglaterra.


Por muito tempo, a historiografia tradicional deixou de lado as imagens marginais dos manuscritos, consideradas como elementos decorativos dos fólios. Além disso, existia um significado negativo ou de menor valor ligado às drôleries. Os pesquisadores acreditavam, por vezes, que essas imagens marginais não se referiam necessariamente aos textos do centro e, portanto, não deveriam ser estudadas:

O interesse dos historiadores pelas margens deve-se ainda mais, sem dúvida, à evolução de sua própria sociedade. Já no século XIX e início do século XX alguns historiadores debruçaram-se sobre vagabundos e os criminosos do passado [...] impõe-se nos estudos históricos a mudança de orientação de que falamos, ao mesmo tempo, que uma nova palavra, os ‘marginais’, dada pela primeira vez e simultaneamente como substantivo na imprensa e nos trabalhos dos historiadores.[7]

Lilian Randall (1931-2007) foi a primeira historiadora a se interessar por essas imagens, o que elas poderiam significar, e se haveria alguma relação entre o conteúdo do manuscrito e suas imagens marginais. Michael Camille (1958-2002) também explorou este reino da arte marginal, tantas vezes subtraído pelos preconceitos sociais. Sua atenção se voltou para a parte excluída e marginalizada da sociedade, como as prostitutas e os servos. O autor se refere às iluminuras dos manuscritos medievais como documentos sociais complexos e fabulosos e os que mais preservam a essência da arte medieval. Devido a todo este valor histórico-artístico buscou respostas para o longo silêncio dos estudos das drôleries.[8]

Estes e outros pesquisadores acreditam que as figuras marginais dos manuscritos medievais expressavam as muitas facetas da realidade e da cultura da época. A relação dessas imagens e o conteúdo do manuscrito expressam a ironia, a sátira e os antagonismos da mentalidade do homem medieval. Os iluminadores eram pessoas letradas, cultas e, supõe-se que, expressavam seu senso crítico ao fazer uso de drôleries nas iluminuras das margens dos manuscritos: “de fato, parece bem que as obras que rompem mais fortemente com as tradições da iconografia cristã sejam as iluminuras dos manuscritos produzidos num círculo fechado e não tendo difusão”.[9]


4. “Normas” iconográficas medievais


Figura 4: Romance de Arthur. MS 229, 47.5 x 34 cm. França, séc. XIII. Beinecke Rare Book Library, 2008.


Análises de imagens medievais devem pontuar que, dentro das ideias da época, não foram estabelecidos cânones às produções iconográficas religiosas. O que Schmitt defende é que existiram apenas “normas” que significavam não regras ou leis, mas algo rotineiro segundo os costumes construídos ao longo de gerações de religiosos e de artífices que se dedicaram à realização de livros manuscritos. Portanto, a justificativa para o estabelecimento de “normas estéticas, éticas, teológicas ou políticas” da iconografia na Idade Média teve como base o sincretismo das práticas religiosas dos centros da Cristandade Latina com as suas regiões periféricas.[10]

As normas eram mais implícitas que explícitas, ou seja, os mestres passavam a seus aprendizes como exercer o ofício de escultores, pintores e etc., tanto nos ateliês como nos mosteiros. Mas, diferente da Cristandade do Oriente medieval, mergulhada em cânones e leis ortodoxas para a prática da iconografia religiosa, os ocidentais do medievo aliaram a tradição normativa junto às inovações estéticas: por exemplo, o caminho do Românico ao Gótico.

Preocupação efetiva e institucionalizada da Igreja Católica a respeito das representações iconográficas religiosas ocorrerá somente após o Renascimento, já na Idade Moderna. Seu marco temporal foi o século XVIII. Os papas Urbano VIII (1628) e Bento XIV (1745) tentaram extinguir os costumes envoltos em “uma abundante iconografia considerada perigosa pelas autoridades eclesiásticas”.[11]


5. Figuras marginais (à margem, marginais, marginalizados)


Figura 5: Romance de Alexandre (1338-1344). Vários autores: Lambert le Tort, Alexandre de Bernai entre outros. MS. Bodl. 264, p.3. Bodleian Library, Oxford – Inglaterra.




Figuras 6: Detalhes.


O termo “marginalidade” ou “marginal”, tem sua origem na idade Média. Estão presentes a partir dos manuscritos feitos pelos monges: o texto principal no centro da página, nas margens, representações de um mundo imaginário, violento, cômico ou proibido.


Podemos, de modo geral, aproximar as imagens marginais dos grupos considerados também como marginais no Ocidente Medieval: como afirma Jean-Claude Schmitt, eles tinham um estatuto temporário, transitório, variando da integração (ou reintegração) à exclusão do corpo social.[12]


O que está na margem deve permanecer fora do centro do texto, que era de caráter religioso, legal, didático, moral ou, até, romances. Mas, implicitamente, pelo fato de serem representados nas margens, os conteúdos marginais tiveram importância no imaginário ou na realidade da sociedade de então. As margens usadas como lugar para representação do proibido reforça a ordem do mundo em sua relação dialética, pois, mesmo coexistindo, não podem compartilhar o mesmo local, não interagem. Os conteúdos marginais são, frequentemente, piadas fruto do cotidiano, de conteúdo “escatológico”[13] que não separava o bem e o mal, era somente diversão.

As imagens cômicas das margens mostram, simultaneamente, uma realidade diferente do texto central e enfatiza o que está escrito no centro por contradição: o certo contra o errado. A única demarcação que separa o discurso hegemônico, ou seja, o texto do romance, da mensagem que se ironia das figuras marginais é que esta só tem este local como existência: a margem.

Estranho seria se as drôleries estivessem no centro da página como enfatizou Otto Pächt (1902-1988): “ainda assim podemos observar como a divisão entre centro e imagem é conservadora, pois mantém o status quo da página – assim como o cristianismo pensa a existência de céu e inferno, santos e diabos, a página contém margem e centro”.[14]


Figura 7: Romance de Alexandre (1344). MS Bodleian 264, fol. 98v. Bodleian Library, Oxford – Inglaterra.




Figuras 8: Detalhes.


Mas há uma ligação perceptível entre as iluminuras centrais e marginais. Elas são unidas pelo comprimento das letras iniciais iluminadas em alguns manuscritos e produzem a ligação entre o texto central e as representações marginais como vemos no primeiro detalhes das Figuras 8.

6. Conclusão


Figura 9: Missa de Finados. Belas Horas de Jean, duque de Berry (1405-1408/9). Herman, Paulo e Jean de Limbourg. (franco-flamengo, França, 1399-1416). Tempera e folha de ouro sobre pergaminho. 23,8 x 16,8 cm. Folio 221r. Metropolitan Museum of Art, New York, The Collection Cloisters.


No século XV, as margens dos manuscritos serão povoadas por entrelaçamentos florais.

A Europa Ocidental viveu, entre os séculos XII e XIII, como uma “civilização cristã das imagens”.[15] Desde a mais grandiosa catedral ao menor dos Livros de Horas, nos vitrais e nos manuscritos, lá estava uma imagem para ser contemplada, para ensinar e iluminar a obra.

Naquele contexto de profusão das imagens, as drôleries parecem, ao mesmo tempo, cômicas e grotescas. Direta oposição à visão de uma igreja cristã medieval séria e austera. Nos séculos XII e XIII, a igreja se tornou uma das mais fortes instituições da Europa e seu papel de mantenedora da cultura e da fé cristã foi cada vez mais estabelecido no conjunto de forças culturais heterogêneas dos reinos que compunham a Europa. Estes, uniam-se sob um único ideal, a Cristandade.

A igreja cristã atuou mais com a assimilação que com o descarte de outras formas de expressão, dessa forma, podemos entender porque as drôleries foram permitidas. A cultura escrita continuou a se sobrepor à imagética: nos manuscritos, o fundamental era a parte central, o conteúdo escrito. As margens não guardavam este privilégio, estavam numa escala hierárquica de importância menor e, nelas, os artífices podiam elevar a criatividade e a imaginação a limites onde as fronteiras não existiam.

Por fim, devemos entender que, para o um leitor medieval, a distinção laico-religiosa não existia da forma como a entendemos hoje. As iluminuras sugerem um mundo desconhecido, irreal, eletrizante, engraçado e assustador. O conceito de céu e inferno, de certo e errado era ideia presente na época, eram interligados e a linha demarcatória de cada um era muito tênue. Algumas interpretações contemporâneas das figuras marginais ainda trazem implícito um juízo de valor moralizante que, por vezes, reduz a complexidade e o conteúdo histórico que as drôleries encerram.


7. Referências bibliográficas


CAMILLE, Michel. Image on the Edge: the margins of medieval art. Cambridge: Harvard University Press, 1992.

ECO, H. O nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.

GAIGNEBET, C. Exposição Triunfos do Carnaval. Vitória: MAES, 2009.

PEREIRA, M. C. C. L. À margem da página: imagens “marginais” nos manuscritos medievais. In: IX CONGRESSO APCG: ASSOCIAÇÃO DE PESQUISADORES DE CRÍTICA GENÉTICA. Belo Horizonte: C/Arte, 2008.

SCHMITT, Jean-Claude. A História nova. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

SCHMITT, Jean-Claude. O corpo das imagens: Ensaios sobre a cultura visual na Idade Média. Bauru: EDUSC, 2007.


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[1] PEREIRA, Maria Cristina Correa Leandro. “À margem da página: imagens ‘marginais’ nos manuscritos medievais.” In: IX Congresso APCG: Associação de pesquisadores de crítica genética. Belo Horizonte: C/Arte, 2008, p. 216.

[2] Miniatura: Técnica de produção de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos. Pode ser utilizada para ornamentar a letra inicial do texto ou para desenhar figuras nas margens.

[3] Iluminura: É a imagem desenhada no manuscrito.

[4] GAIGNEBET, Claude. Exposição Triunfos do Carnaval. Vitória: MAES, 2009.

[5] ECO, H. “Primeiro dia: Após a nona.” In: O nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983, p. 98.

[6] CAMILLE, Michael. Image on the Edge: the margins of medieval art. Cambridge: Harvard University Press, 1992, p. 9.

[7] SCHMITT, Jean- Claude. “A história dos marginais.” In: A História nova. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 353.

[8] PEREIRA, Maria Cristina Correa Leandro. “À margem da página: imagens ‘marginais’ nos manuscritos medievais.” In: IX Congresso APCG: Associação de pesquisadores de crítica genética. Belo Horizonte: C/Arte, 2008, p. 216.

[9] SCHMITT, Jean-Claude. “Liberdade e normas das imagens ocidentais.” In: O corpo das imagens: Ensaios sobre a cultura visual na Idade Média. Bauru: EDUSC, 2007, p. 155.

[10] SCHMITT, op. cit., 2007, p. 136-140.

[11] Ibid., p. 137.

[12] PEREIRA, op. cit., 2008, p. 218.

[13] Segundo o historiador do Carnaval Europeu, Claude Gaignebet, o termo escatologia, além de seu usual significado relacionado com o “fim dos tempos” e com o livro do “Apocalipse” da Bíblia, também se refere às representações iconográficas das necessidades fisiológicas humanas. Na Idade Média, chamadas de “necessidades baixas” que são defecar, urinar, cuspir, fazer sexo, entre outras.

[14] PEREIRA, op. cit., 2008, p. 220.

[15] SCHMITT, op. cit., 2007, p. 150.

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