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Santiago de Compostela e as igrejas-fortificações: a Cantiga 26 das Cantigas de Santa Maria

Foto do escritor: Autora | Bárbara DantasAutora | Bárbara Dantas

Atualizado: 20 de abr. de 2023

Bárbara Dantas


*Se precisar citar , tê-lo como referência, seguir:

DANTAS, Bárbara. "Santiago de Compostela e as igrejas-fortificações: uma análise da Cantiga 26 das Cantigas de Santa Maria de Afonso X." Revista do Colóquio, n. 13, v. 7, 2017. Disponível em: http://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/18241 e https://www.barbaradantas.com/post/santiago-de-compostela-e-as-igrejas-fortifica%C3%A7%C3%B5es-a-cantiga-26-das-cantigas-de-santa-maria


Resumo: Como a arte representa os conflitos e desejos que são intrínsecos à existência humana? Desde tempos imemoriais, a arte tomou para si o papel de demonstrar como o homem lida com suas quimeras, fraquezas e lutas que, por vezes, são travadas no interior de cada um. Nesse sentido, apresentá-los-ei às Cantigas de Santa Maria do rei Afonso X. A partir das citações textuais e das imagens que representam a “arquitetura” na Cantiga 26, mostraremos sua relação com extratos da Bíblia, com obras arquitetônicas do período e, principalmente, qual era a visão medieval a respeito do mal e das “tentações”, considerados como “desvios do caminho reto”.

Palavras-chave: Arquitetura; Literatura; Santiago de Compostela; História; Bíblia.


Resumen: ¿Cómo el arte representa los conflictos y deseos que son intrínsecos a la existencia humana? Desde tiempos inmemoriales, el arte se ha tomado para sí el papel de demostrar cómo el hombre lidia con sus quimeras, debilidades y luchas que a veces se traban en el interior de cada uno. En este sentido, los presentaré a las Cantigas de Santa María del rey Alfonso X. A partir de las citas textuales y de las imágenes que representan la "arquitectura" en la Cantiga 26, mostraremos su relación con extractos de la Biblia, con obras arquitectónicas del período y , principalmente, cuál era la visión medieval acerca del mal y de las "tentaciones", considerados como "desvíos del camiño recto".

Palabras clave: Arquitectura; literatura; Santiago de Compostela; la historia; Biblia.


Abstract: How does art represent the conflicts and desires that are intrinsic to human existence? From time immemorial, art has taken on the role of demonstrating how the man deals with his chimeras, weaknesses and struggles that are sometimes fought inside each one. In this sense, I will introduce you to the “Cantigas de Santa Maria” by King Afonso X. From the textual quotations and images that represent the "architecture" in the Cantiga 26, we will show its relation with extracts from the Bible, with architectural works of the period and, mainly, what was the medieval view about evil and "temptations" considered as "deviations from the straight path".

Keywords: Architecture; Literature; Santiago de Compostela; History; Bible.


1. A Cantiga 26, as desventuras do peregrino


A Cantiga 26 conta que, todos os anos, um peregrino fazia sua romaria à Santiago de Compostela.[1]

Certa vez, no entanto, pecou: pernoitou com uma mulher de baixa reputação e retomou seu caminho na manhã seguinte. No trajeto, deparou-se com o diabo disfarçado de São Tiago vestido com um belo manto branco coberto com pele de arminho. O diabo o instruiu a decepar o instrumento de seu erro (sua genitália) e depois se suicidar. Assim, salvaria sua alma das torturas do inferno. O peregrino, sem demora, fez o que o diabo enganador disse. Seus amigos fugiram ao vê-lo morto, tiveram medo de serem acusados pela morte dele. Em seguida, demônios chegaram e tomaram a alma do homem infeliz. Pelo ar voavam com sua alma presa pelos pés ao passarem sobre uma bela capela dedicada a São Pedro na cidade de Santiago de Compostela. Ao vê-los de dentro da cidade, São Tiago saiu com espada em punho enquanto São Pedro protegia a entrada da muralha. São Tiago impediu os demônios de continuarem com a posse da alma do romeiro desventurado. Uma discussão se iniciou e, como não chegaram a um acordo, São Tiago sugeriu que levassem a questão à Maria, pois ela encaminharia o equívoco a um bom termo. Assim fez a santa: recuperou a alma do infeliz e ressuscitou-o. Mas, como lembrança de sua lassidão, não recobrou ao romeiro imprudente o instrumento de sua perdição.[2]


Este códice afonsino nasceu no séc. XIII, nas cortes de Toledo e Sevilha.[3] O compêndio de relatos de milagres e de louvores à Virgem é formado por centenas de textos poéticos acompanhados por iluminuras historiadas de página inteira que mostram nas imagens o relato contado no texto. A língua escolhida para a realização das Cantigas de Santa Maria foi o galego-português medieval, o então infante D. Afonso apaixonou-se pela língua nos anos que viveu na Galícia junto ao seu tutor para se instruir e aprender as aptidões necessárias para reger um reino.[4]

Abaixo, o extrato textual que contém a citação de um elemento arquitetônico seguido de minha proposta de tradução que destaca, em português, a qual tipo de obra arquitetônica a canção se refere. A partir da página seguinte, a iluminura de página inteira e o destaque com uma das vinhetas que analisaremos com maior apreço neste trabalho:


E u passavan ant´hũa capela

de San Pedro, muit´aposta e bela.[5]


Ali passaram ante uma capela

de São Pedro, bem composta e bela.



Figura 1: iluminura da Cantiga 26. Códice Rico. Cantigas de Santa Maria. Abaixo: detalhe da vinheta 1.

Fonte: Arquivo pessoal.[6]

2. A relação com o texto bíblico e com a arquitetura


“Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!” Lc, 11, 27.[7] O leite da Virgem é santificado por Deus, alimentou Jesus em seus primeiros anos de vida e, conta a Cantiga 26, cura toda e qualquer enfermidade dos homens: “seu seio mostrou e, com Seu santo leite, o corpo dele ungiu e, imediatamente, a lepra dele partiu”.[8] Na vinheta da Figura 1, dois anjos ladeiam a Virgem com o Menino e contemplam a mãe amamentar seu Filho. Se sentimento fosse um aroma, a cena exalaria ternura e amor. Os anjos e a Virgem arqueiam levemente suas cabeças em sinal de ternura, o Menino agita os braços com alegria em retribuição ao alimento e amor recebidos.

Sobre o panorama divino da iluminura estão os motivos arquitetônicos de uma cidade, “arcos ogivais ornamentados com lóbulos tripartidos” fazem parte da estética gótica. Quatro torres estão entre os arcos e, em cada uma, dois tipos de janelas: uma é longilínea e estreita, como as “seteiras de torres de muralhas” onde vigias e arqueiros defendiam as cidades; a outra é mais ornamental que funcional, é uma janela quadrilobada, quase redonda como uma rosácea gótica.[9] Ou seja, a vinheta 1 sugere duas funções para as torres: uma militar e outra, estética.


Figura 2: interior chanfrado da “seteira da muralha”. Guimarães – Portugal. Séc. X.

Fonte: PATRIMÔNIO CULTURAL DE PORTUGAL, www.patrimoniocultural.gov.pt


As seteiras são elementos arquitetônicos criados especialmente para os castelos/fortes feudais ainda na época quando os feudos eram abundantes nas paisagens europeias em detrimento das poucas vilas e cidade que, até o séc. XI, ainda não eram tão disseminadas. No exterior, as seteiras tinham um formato estreito, mas, vista do interior da muralha ou torre, tinham cortes nas suas arestas de forma que adquirisse a forma chanfrada que possibilita ao arqueiro atirar em todas as direções sem ser alvejado pelo inimigo (Figura 2).

Na Figura 1 as torres protegem a cidade e acentuam o poder da Virgem sobre a urbe. Algumas torres do séc. XII ainda eram de caráter militar, no entanto, mesmo essas, mantiveram a monumentalidade e ganharam um princípio de beleza. As torres são um dos elementos da vertente arquitetônica militar, mas não somente dela: dos donjons franceses do séc. XI às torres de catedrais do séc. XIII mudanças sociais e técnicas se perpetuaram e mudaram a funcionalidade e forma das torres. Seu uso se expandiu para outras construções onde antes não estavam presentes.[10]


Figura 3: Iglesia de Nuestra Señora de Manzano. Castrojeriz – Espanha, c. 1214.

Fonte: SITE OFICIAL DE CASTROJERIZ. Internet, http://www.castrojeriz.es


As torres são enigmáticas construções que a arquitetura medieval nos legou, como vemos na Figura 3. Seus cumes parecem tocar o céu e são o resultado de uma variedade de funções por meio das quais a arquitetura realiza as vontades do homem, dentre elas: encobre uma escada em espiral; abrigo para armamentos ou mantimentos; é o lar dos sinos; um campanário;[11] fortaleza; ou apenas enobrecerá o nome da instituição à qual deve sua construção sendo, simplesmente, grandiosa.[12]


3. As torres circulares


Na Cantiga 26, a arquitetura se submete às Sagradas Escrituras, pois em sua Primeira Epístola, São Pedro escreveu: “Portanto, rejeitando toda maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia e de inveja e toda maledicência, desejai, como crianças recém-nascidas, o leite não adulterado da palavra que vos fará crescer para a salvação” Pd 2, 2.[13]


Figura 4: vinheta 04 da Cantiga 26.


A alma do peregrino que praticou um mal conseguiu se livrar da mentira do diabo em Santiago de Compostela. A partir do séc. IX esta cidade se tornou um dos mais importantes destinos para aqueles que foram em romaria a um lugar santo na Idade Média (atrás apenas de Roma e Jerusalém) e o mais procurado centro de peregrinação no interior da Europa.[14]

A cidade foi construída no contexto das batalhas da Reconquista da Península Ibérica e, por isso, um caráter militar era de fato necessário nas suas construções.[15] Após a tomada e saque de Almanzor no séc. X, a fortificação da cidade se tornou mais premente e materializou-se na construção de torres de vigia e ampliação das muralhas.[16]

As muralhas se sobrepõem na Figura 4, as cores vivas e dispostas em blocos sobre cada elemento arquitetônico disfarçam a austeridade monumental das construções defensivas. Na vinheta da iluminura, as muralhas e torres têm seteiras e apenas três janelas ornamentais diluem a sobriedade dos altos muros. No primeiro plano, a torre circular a partir da qual se abre o pórtico de entrada da urbe. Em seu interior, deve estar uma escada em caracol porque era costume este tipo de torre abrigar escadas, como as quatro torres circulares que ladeiam o átrio e o transepto da Igreja de St. Michael de Hildesheim, Alemanha (1010-1033) da Figura 5.[17]


Figura 5: torres circulares da Igreja de St. Michael. Hildesheim – Alemanha, séc. XI.

Fonte: ST. BONAVENTURE UNIVERSITY. http://web.sbu.edu/theology/bychkov/hildesheim.html


A utilidade e a beleza eram unas nas obras religiosas da Idade Média e, neste aspecto, um movimento arquitetônico singular se originou: as igrejas-fortificações.[18] Na Figura 6, o Santuário Cátaro de Albi (1282-1480), cidade do sul do reino de França. Para Henri Focillon (1881-1943), este santuário faz parte do rol das “igrejas fortalezas ou igrejas fortificadas” compostas por “um programa que interpreta as necessidades de defesa”.[19]


Figura 6: Igreja/fortificação de Sainte Cécile. Albi – França, séc. XIII.


Os albigenses (também conhecidos como “cátaros” ou “puros”) foram considerados hereges pela igreja católica no séc. XII por sua crença dualista radical. Criam na existência de uma realidade boa no Paraíso, em contraposição a uma má, advinda de todas as manifestações terrenas. Portanto, para os cátaros, até a Igreja Católica, por ser uma entidade terrena, estava associada ao mal e ao diabo. O santuário construído por eles refletiu a adaptação àquela premissa, proteger-se do braço armado da igreja.[20] A mesma igreja fundada pelo apóstolo Pedro a pedido do Cristo, porque segundo a Bíblia:


Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja, e as portas do Hades nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra, será desligado nos céus. Mt, 16, 18-19.[21]


4. Conclusão


Um edifício é como a vida, caso a base não seja sólida, em algum momento, ruirá. Construir uma vida santa requer uma base perene e forte como a pedra, capaz de suportar os desvios ocasionais no caminho da retidão e as vicissitudes inerentes à existência na terra. A pedra, então, torna-se metáfora de mosteiros sólidos e das mentes igualmente solidificadas por um ideal comum, uma vida santa.

Na Figura 5 São Pedro protege a entrada de Santiago de Compostela como se a urbe fosse a Cidade Celestial. São Tiago porta uma espada e luta com o demônio para reaver a alma do peregrino para livrá-lo da “maldade” e da “mentira” e oferecer o “leite não adulterado da palavra”, o leite da Virgem (Figura 29). As figuras dos santos se tornam, portanto, personificações iconográficas da Arquitetura sagrada e fortificada. A construção que se torna o lume para conduzir o bom cristão ao caminho da retidão e da fé e, ao mesmo tempo, afasta-o dos “desvios” do ardiloso diabo.


5. Referências


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Notas:

[1] Fontes textuais contam que o santuário da cidade foi construído sobre os restos mortais de São Tiago Zebedeu, o primeiro apóstolo a ser martirizado (em 44. d. C.) após a morte de Cristo na cruz. O jazigo de São Tiago foi descoberto no séc. IX, entre os anos 820 e 830. Ver em RUCQUOI, Adeline. Historia Medieval da Península Ibérica. Editorial Estampa, Lisboa, 1995, p. 137; “Servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo” (Tg 1, 1). Ver em: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2013. São Tiago tornou-se, em espanhol, “San Tiago” e a cidade, Santiago de Compostela.

[2] Ver transcrição do texto versificado original no galego-português medieval em: AFONSO X, o Sábio. Cantigas de Santa Maria. Edição crítica de Walter Mettmann. Madri: Castalia, 1986-1989, 4 v.

[3] “Na sua corte de Toledo, acolheu trovadores, miniaturistas, músicos, tradutores, filósofos, sábios das diferentes artes do trivium e do quadrivium e das três culturas que coexistiam na Península - a cristã, a judaica e a muçulmana.” LEÃO, Ângela Vaz. Cantigas de Santa Maria de Afonso X, o Sábio: aspectos culturais e literários. 2 ed.. Belo Horizonte: Veredas & Cenários, 2015, p. 41.

[4] COUTINHO, Ana Maria. “O sagrado e o profano no imaginário medieval: uma leitura das Cantigas de Santa Maria.” In: LEÃO, Ângela Vaz. Novas leituras, novos caminhos: Cantigas de Santa Maria de Afonso X, o Sábio. Belo Horizonte: Veredas e Cenários, 2008, p. 112.

[5] AFONSO X, op. cit., 1986, p. 125, 62-63.

[6] As imagens das iluminuras foram fotografadas por mim no Setor de Obras Raras da Biblioteca Central da PUC-Minas com apoio financeiro do PPPGA-UFES (Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do espírito Santo). Agradeço à profa. Ângela Vaz Leão por disponibilizar os fac-símiles do Códice Rico e do Códice de Florença para pesquisa e fotografias.

[7] BÍBLIA, op. cit., São Paulo: Paulus, 2013, p. 1810.

[8]A teta descobriu, e do seu santo leite o corpo ll' ongiu; e tan tost' a gafeen logo del se partiu.” AFONSO X, op. cit.,1986, p. 287 (tradução: Bárbara Dantas).

[9] TOMAN, Roman. O Gótico: arquitetura, escultura e pintura. Colônia: Könemann, 1998, p. 30.

[10] TOMAN, Roman. O Românico: arquitetura, escultura e pintura. Colônia: Könemann, 2000, p. 44.

[11] “Simbolicamente, o campanário simboliza a união entre Deus e os homens, e também o próprio poder da Igreja. Portanto, é construído para que seja visto a longa distância. Na arte românica – e especialmente no românico catalão – o campanário costuma ser construído no mesmo edifício do templo, e na maior parte das vezes na fachada principal.” COSTA, Ricardo. “O deambulatório dos anjos: o claustro do mosteiro de Sant Cugat del Vallès (Barcelona) e a vida cotidiana e monástica expressa em seus capitéis (séculos XII-XIII).” In: LAUAND, Luiz Jean (coord.). Mirandum, n0 17, ano X, 2006, p. 39-58. Disponível em: http://www.ricardocosta.com/artigo/o-deambulatorio-dos-anjos-o-claustro-do-mosteiro-de-sant-cugat-del-valles-barcelona-e-vida

[12] “Uma torre gótica impele a vista para o alto.” ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 103.

[13] BÍBLIA, op. cit., 2013, p. 2114.

[14] TOMAN, op. cit., 2000, p. 188.

[15] “A Europa Ocidental torna-se, então, conquistadora; em vez de ceder terreno, ela avança de um triplo ponto de vista, militar (Cruzadas, Reconquista), comercial (estabelecimento de entrepostos e trocas com o Oriente) e religioso (desenvolvimento das ordens religiosas, cristianização da Europa Central e da área báltica).” BASCHET, Jérôme. A Civilização Feudal. São Paulo: Globo, 2006, p. 35.

[16] “Aquellos grupos de hombres que, desde los comienzos mismos de la penetración arábigo-bereber del siglo VIII, fueron escapando al domínio musulmán y refugiándose en las áreas septentrionales del país. Aquí, su primera actitud de mera supervivência – consecuencia de su debilidad demográfica y bélica frente al área islâmica – se fue transfomando, desde mediados del siglo IX, en actividad decididamente reconquistadora.” GARCÍA DE CORTAZÁR, José Angel. Historia de España: la época medieval. V. 2. Madri: Alianza editorial, 1988, p. 114.

[17] TOMAN, op. cit., 2000, p. 21.

[18] Alguns objetos são belos porque contribuem para a formação moral do homem: sua beleza deriva da mimese de uma virtude do sujeito; 2) Outros objetos são belos porque são úteis para o homem: sua beleza deriva diretamente de sua utilidade para o sujeito.” PULS, Maurício. Arquitetura e filosofia. São Paulo: Annablume, 2006, p. 79.

[19] “Églises forteresses ou des églises fortifiées [...] un programme qui interprète les nécessités de la defense.” FOCILLON, Henri. Le moyen age gothique. Paris: Libraire Armand Colin, 1965, p. 125-126 (tradução: Bárbara Dantas).

[20] FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 81.

[21] BÍBLIA, op. cit., 2013, p. 1734.


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